segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Ao desamor

Brinco de desamores mesmo quando os mesmos
não sabem ser elegantes.
Aceitam, fingem, brigam.
- Não vê, não ouve e nem fala.

"Quem foi que disse que o amor existe
e que não amar é sofrer?"
Quanta bobagem!
Quanta ilusão em tão poucas palavras.

Do "amor" (entre ásperas aspas) sabe-se que dói,
que machuca, para depois nem sê-lo mais.
Depois da forte paixão e com tanta lamúria,
vem a apatia, o desgosto e a des-vontade.

Se eu pudesse, mesmo que por uma única vez,
me preservaria dessa enrascada humana
e me colocaria como observadora desses pecados.
Talvez assim entenderia aonde os amantes deixam as saudades,
e os contentamentos.

Coitado daquele que se apaixona pelo eterno efêmero.
Ao Amor; ao literal, real e sem aspas Amor,
cabe mais que ânsia, mais que instintos humanos:

- Cabe toda felicidade e divindade,
verdadeiramente insuportável à razão mundana.

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