quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

pra essa [péssima] noite

Eu gostaria de escrever sem que parecesse ridículo. Passei por uma péssima noite.
Alucinações se misturando com a realidade vivida e com a almejada. Até aonde somos capazes de viver nossos desejos sem que isso nos enlouqueça?
Esse desejo de vida, de cor, de paixão.. a paixão que dá frio na barriga. A paixão que cega. A vontade que nos distancia de nós mesmos para que não vejamos quão capazes somos de estarmos sozinhos.

Não sei viver sozinha e aprender a conviver com isso tem me custado muita ansiedade e toque de loucura. Quanto de mim cabe dentro de mim mesma sem que eu me transborde em alguém? Quanto? Chega a ser insuportável esse excesso. Preciso me transbordar em algo que me tenha admiração, que me olhe, que me sinta e que me queira. Sou muito pra mim mesma.. muita melancolia e muito drama, muito de mim. Muito. Estou farta de futilidades e regras vãs. Farta de muita coisa sem sentido, de muita espera e de pouca paciência.

Gostaria de acelerar o tempo, de ver o desfecho de tudo isso pra saber que mal me causei de fato.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

anônimo

ei você, tem alguém ai?
quero seu contato. quero seu retrato de hoje.
quero seu tom, quero falar com você.
é, é você mesmo e você sabe que é com você que estou falando.
não ria de mim.. sou uma pobre coitada que vive sem rumo no amor,
e cá estou, outra vez te olhando e lembrando.
fala comigo, manda um sinal!
uma carta, um postal, uma pelúcia talvez.
você sabia de mim desde o início.
você sempre soube da minha loucura e das minhas fraquezas
sou uma cabeçuda fraca, sem moral e sem rancor,
que vive sozinha noites a dentro, tentando entender aonde errou.
ih, rimou.
se entender, fala comigo, me busque, saiba de mim leitor!
e agora ela estava sentada em frente ao mundo frio, buscando paixões, sonhos e crenças.
ela gosta de viver de passado, da sombra e do remorso. ela se refugia em dramaturgias vagas
buscando um pouco de si. bebendo, alimentando-se de vontade.
é tão patética a figura que criamos de nós mesmo quando se fala alto. é tão menor e tão vazio.
a obscuridade do pensamento mantém velado aquilo que deve ser preservado, calado e somente sentido.
cala-te alma insana! cala-te para que possas te mostrar como verdadeiramente és.
sente a brisa do tempo que passa e ajeita.. sente, isso, respira!
lava essa boca de auto julgamentos e necessidades, sai desse corpo e... minerva!