domingo, 29 de agosto de 2010

e do amor hoje só não sei dizer mais o que penso
ou se dele ainda sou.
não crio a pretensão de dele saber também.

assim, não haveria mais graça ou sentido.
porque a ele podemos pertencer em alguns breves momentos.
em momentos de puro devaneio ou em um mero instante breve.
leve. leveza.
isso basta. ou deveria bastar.

[inacabado, quando a inspiração voltar continuo]

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

hoje acordei sentido algo especial.
tive duas demonstrações lindas de amizade de duas amigas.
queria registrar esse fato aqui. a importância e a felicidade de
saber que podemos contar com alguém.
são poucas as pessoas que conseguem nos entender.
são poucas que são dignas de ser chamadas de amigos mesmo.
ando me sentindo um pouco sozinha e cada vez mais confusa.

tem tanta coisa louca lá fora...
ainda mais nessa época de espetáculos:
"abram alas para o circo, o circo eleitoral."

essas coisas me confundem bastante.
será que sou eu que estou mais crítica, mais madura e consciente,
ou será que as "campanhas eleitorais" estão cada vez mais ridículas mesmo?
sem vontade, sem esperança, sem ânimo, morreeeendo de preguiça de votar.

[e pra quem me conhece sabe que nunca fui disso... quanta diferença da última eleição presidencial... até campanha fiz.]

as coisas REALMENTE mudam... isso é reconfortante. ou não.

estou com vontade se me sentir conscientemente alienada,
dói menos.

""Ensino que a vida jamais deveria ser modificada ou esmagada devido à promessa de outro tipo de vida futura. O imortal é esta vida, este momento."

"Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."

Friedrich Nietzsche
mesmo as pedras
- com o tempo, mudam.

FATO.
Fez tanto luar que eu pensei nos teus olhos antigos
e nas tuas antigas palavras.
O vento trouxe de longe tantos lugares em que estivemos,
que tornei a viver contigo enquanto o vento passava.

Houve uma noite que cintilou sobre o teu rosto
e modelou tua voz entre as algas.
Eu moro, desde então, nas pedras frias que o céu protege
E estudo apenas o ar e as águas.

Coitado de quem pôs sua esperança
nas praias fora do mundo...
- Os ares fogem, viram-se as águas,
mesmo as pedras, com o tempo, mudam.

Valsa - Cecília Meireles.
confusa e aliviada ela pode desabafar os antigos remorsos.
e tudo ia bem quando quem assim via
tudo estava pelo danone na manhã de domingo

e podia pelo dia que ia
e assim ia o dia
e a semana inteira, talvez.

toca um samba, renova o espírito.
agora ainda é cedo
vai sem medo, vai levando
nada mais pode causar tanto espanto.