segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

e num último suspiro doce
de uma tarde, tarde.

-calmo, canto, sopro, pranto-,
ele se escondeu, inebriadamente,
em um pote de pecado.

quis correr,
não havia tempo.

quis voltar,
já era tarde.

teve fome

e do último beijo cândido,

se alimentou.



[em um momento de tensão com cálculos, vem a poesia]

Um comentário:

  1. bacana o texto, duma estética que me apetece o umbigo. o que me alegra o espírito é tomar os signos aqui pela elaboração, pela sagacidade e esmero. boa! "e do último beijo cândido,

    se alimentou." é bom quando sacamos uns escribas antenados com o troço. mentindo aí seus umbrais. abraços!

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