sábado, 6 de outubro de 2012

ida

Vai pelo vazio que deixa
pela falta que perturba, pelo descanso que rouba.
Rouba planos inéditos e egoístas,
rouba sonhos sonhados para existir.

Vai pela noite que já é hora,
hora que demora que reprime.
Hora que assusta e que esvazia.

Vai que já é tempo,
que o desejo se perdeu em algum momento
que o inconsciente trouxe a tona a vontade de solidão.

Vai mas entende que o fim é relativo a vontade do que existe.
Relativamente pertinente e conscientemente
-mente, briga, chora.

Vai mas vem e volta
Como a sombra durante o dia,
como a luz durante a noite
como o medo a cada decisão.

Vai mas me deixa poetisa de uma vida estranha
Vai mas me inspira melodia, tom e cor
Vai mas me entende diante de toda essa loucura.

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